Aproveitando nosso tempo em Milão, decidimos pegar um trem da Trenitalia e visitar o Lago Maggiore, mais especificamente a pequena cidade de Stresa. A pequena comuna italiana tem 5.000 habitantes e fica 90km distante de Milão. A cidade funcionamente basicamente por conta do turismo. Apesar de o dia não estar muito bonito, dava para ver como a vista era muito bonita e como deve ser gostoso passar um tempo descansando lá (mas só para quem gosta de silencio e – muita – calmaria). A passagem para chegar lá, de primeira classe (chique no último, mas não é tanta coisa assim, é só o nome), foi de €9,00 por pessoa (ida e volta) e leva por volta de 55 minutos saindo da estação central de Milão.
A estação de trem fica 5/10 minutos caminhando da rua principal/margem do lago. Seguimos para lá com um nome de uma agência de turismo, mas, depois de “procurar” acabamos parando na primeira que apareceu. Apesar de pequena, a cidade tem várias agências e hotéis de tudo quanto é preço. Vimos alguns “mais para dentro” que eram mais simples, hostels e até hotéis bem chiques, como Regina Palace Hotel. A agência de turismo ficava logo na frente dele, e fomos atendido por uma senhorinha (que provavelmente viu a cidade ser fundada haha), mas super simpática! Por ser uma região movimentada pelo turismo, todos falam inglês.
★★★★ Hotel Regina Palace, Stresa, Itália
Existem alguns passeios diferentes para se fazer por lá. Alguns duram algumas horas, mas existem opções de alguns dias, passando por várias cidades diferentes, inclusive entrando na Suíça, com quem a Itália divide um pedaço do Lago. Fizemos um passeio que dura quase o dia todo, passando pelas três principais ilhas, as Ilhas Borromeas: Isola Madre, Isola dei Pescatori e Isola Bella. O passeio é livre, são barquinho (de diferentes companhias, você usa sempre a mesma) que ficam circulando entre elas de tempos em tempos.
Começamos pela Isola Madre, a maior das três, conhecida por seus jardins. Mantido muito bem até hoje, os jardins da ilha de 220m X 330m são lindos. É preciso pagar uma taxa para entrar, mas é bem gostoso passear pela azaléias, camélias etc. O que a gente pode perceber é que é um local que gente mais velha vai visitar, então puxamos (tirando algumas pessoas que estavam com filhos) a média da idade para baixo. Depois de uma bela caminha pela manhã, seguimos para a ilha da comilança!
A Isola dei Pescatori, ou Ilha dos Pescadores, é a única das três ilhas que é habitada. Tudo bem que são 32 habitantes, mas é habitada. A ilha tem 375m X 100m, com ruas que dão a volta por toda a extensão da ilha (e em alguns pontos tem que tomar cuidado, já que o vendo jogo algumas ondas na parede e molham quem tiver passando) e MUITOS restaurantes e lojinhas. A pedida é comer peixes recém pescados no lago (que escolhi sem dúvida, mas a Bru ficou longe, detesta peixe haha). Eram três peixes diferentes, um melhor que o outro preparados de jeitos diferentes. Depois de comer e caminhar um pouco (não que tenha muito por onde andar ali), seguimos com o barquinho.
A terceira e última, a Isola Bella, é a mais diferente. Em 1632, o Conde Vitaliano Borromeo começou a construção do palácio e o jardim ornamental (terminando em 1670). As paredes das salas na parte de baixo do palácio são de conchas, o que deixa o ambiente bem diferente. Mas, sem dúvida, o jardim é o mais legal! É bem diferente e bonito, não tem como descrever se não olhar para as fotos ou visitar a ilha!
Tinhamos planejado jantar em Stresa, mas o passeio acabou por volta das 17h/18h, e a cidade não tem muito o que fazer. O tempo fechou e começou a chover (infelizmente) e decidimos adiantar o nosso trem de volta para Milão. Na verdade, não conseguimos. Nos enfiamos no primeiro trem que apareceu e nos fingimos de bobo (já que era tudo Trenitalia mesmo). O cobrador olhou estranho, explicamos e ele falou que tudo bem. Ufa! haha
Abraços,
Gui Mori